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  • Foto do escritorBethania Ferrari

Amamentação


Existe algo poderoso capaz de influenciar a saúde do bebê, da mãe gestante e do planeta? Sim, o leite materno, o primeiro alimento funcional do mundo. Por isso, a amamentação é tão importante e deve ser cada vez mais valorizada pelos pais, família e profissionais da saúde. 



Entre os dias 1 e 7 de agosto acontece a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2020 - #SMAM2020, com o tema “Apoie o Aleitamento Materno por um Planeta mais Saudável.” 

O objetivo central é apoiar e promover o aleitamento materno para saúde de bebês e mães. Este ano, o tema também destaca o impacto da alimentação infantil no meio ambiente. 


Afinal de contas, o leite materno é um alimento natural e renovável, ambientalmente seguro e ecológico, produzido sem poluição, embalagem ou desperdício, direto da mãe para o bebê, sem possibilidades de contaminação! Já a produção de leites artificiais envolve um gasto considerável de metal, papel e toda uma cadeia de produção baseada em combustíveis fósseis e insumos que causam poluição ao meio ambiente. 


 

Os benefícios do leite materno 


Diversos estudos têm comprovado ao longo do tempo inúmeros benefícios deste alimento. 


1. Prevenir câncer

Estudos associam a amamentação a um menor risco de crianças desenvolverem a doença, principalmente os linfomas e a leucemia. Um dos motivos principais desse benefício é o fato do leite materno ser rico em substâncias anti-inflamatórias, como o DHA, ácido graxo da série do ômega-3, lembrando que os fatores inflamatórios são uma das causas do câncer. Para conter essa rica gordura no leite, a mãe deve alimentar-se com fontes do nutriente, como peixes de águas frias e profundas, o atum e a sardinha são uma deliciosa receita! 


2. Afastar infecções

Entre elas, as infecções respiratórias, como a asma e a pneumonia, de ouvido e as do sistema digestivo. Anticorpos e células de defesa que a mãe passa para o filho pelo leite materno criam o efeito protetor. 


3. Proteção cardiovascular

Estudos também tem demonstrado uma sólida relação entre a amamentação e a proteção cardiovascular na mãe e no bebê. O leite materno tem efeitos positivos na pressão arterial da mãe e da criança no curto e no longo prazo. Os efeitos anti-inflamatórios do leite materno teriam papel relevante neste processo. 


4. Evitam a diarreia

Uma das principais causas de morte e internação infantil, normalmente relacionada a um sistema imunológico enfraquecido. O leito materno contribui com a microbiota do bebê, pois contém bactérias protetoras do intestino, capazes de fortalecer o sistema de defesa. 


5. Desenvolve o sistema nervoso

Mais uma vez reconhecemos a importância do DHA, substância ligada na formação das células nervosas e que facilita a comunicação entre elas. Importante principalmente nos primeiros cinco anos de vida, quando a maior parte do cérebro é formado. Logo, uma alimentação rica em ácido graxo como o leite materno é um privilegio que não pode ser negado para saúde plena do bebê. 

6. Reduz o risco de obesidade

Estudos também constataram que as crianças alimentadas pelo leite materno são menos propensas a se tornar obesas, prevenindo com maior sucesso males como diabetes e doenças cardiovasculares. A ação anti-inflamatória do leite também está associado a este benefício. 

 

Pré-Natal Odontológico 



Um aliado especial para o sucesso de todo este processo é o Pré-Natal Odontológico. Por tudo que você leu até aqui, é fundamental preparar adequadamente a mãe gestante para essa fase tão importante. Além de auxiliar a mãe a viver um período de amamentação com mais qualidade para ela e o bebê, o Pré-Natal Odontológico possui uma série de benefícios para ambos. 


A saúde bucal da gestante irá influenciar a saúde bucal do bebê, por isso uma avaliação clínica da mãe é tão importante. Assim como a formação neurológica, muscular e do aparelho digestivo, a formação da cavidade bucal óssea e tecidual também acontece neste período mágico de construção de um novo ser. E o que muitas mães desconhecem, o Pré-Natal Odontológico poderá ajudar a prevenir o baixo peso e até o nascimento prematuro do bebê. 

 

Mãe infectada pelo COVID19 pode amamentar? 

Em tempos de COVID19, a amamentação segue sendo prioridade e deve ser incentivada. No início da pandemia, o Departamento Científico de Aleitamento Materno (DCAM) da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu um comunicado, orientando os pediatras brasileiros, sobre amamentação diante do novo coronavírus. Neste documento, o DCAM da SBP se posicionou como favorável à amamentação em mães portadoras do COVID-19, caso seja o desejo delas. 


Os principais artigos publicados indicam que os benefícios da amamentação são superiores aos riscos de transmissão do COVID19, assim como ocorre em diversas outras viroses. Ou seja, a proteção que o leite da mãe promove ao bebê em múltiplos e sistêmicos aspectos da sua saúde, deve prevalecer sobre a eventual possibilidade de transmissão. Alinhada com as principais diretrizes mundiais, a instituição recomenda que as mães diagnosticadas com a COVID- 19 continuem amamentando. 


Seguem valiosos e relevantes os cuidados extras de higiene, como lavar bem as mãos antes de tocar o bebê ou extrair o leite. A mãe que estiver tossindo muito e não estiver segura para oferecer o peito, pode tirar o leite e solicitar a uma pessoa da família ou cuidador saudável que alimente o bebê em um copinho — seguindo de forma adequada a tradicional “técnica do copinho”.


Por que utilizar a técnica do copinho? 

• Não interfere na adaptação e sucção na mama; 

• O bebê controla a ingestão de leite; 

• Estimula os adequados e corretos movimentos da mandíbula e da língua para a amamentação; 

• Proporciona experiências sensoriais como o paladar, textura e cheiro dos alimentos 

• Estimula a produção de saliva e lipases linguais resultando numa digestão mais eficiente; 

• Diminui o risco de infecções, nomeadamente gastroenterites, em relação à mamadeira, pois o copo é mais fácil de lavar e, geralmente, o leite é armazenado durante menos tempo. 


Juntos pela SMAM2020! A AMO Odontopediatria e suas embaixadoras incentivam a amamentação, a saúde mais plena de mães, dos bebês e do nosso planeta. 


FONTES: Fiocruz - / Aleitamento.com / Livro Tá na Hora do Papa / Veja Saúde / Bebê.com

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