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  • Foto do escritorBethania Ferrari

Respiração Bucal -

Chega o inverno, as olheiras e palidez do seu filho aumentam. Cansaço, irritação e até queda de desempenho na escola. Infelizmente, junto com a estação mais charmosa do ano, aumentam as alergias respiratórias e os riscos de resfriado. Como tudo isso pode influenciar a saúde dos pequenos? 


Vamos aos poucos. Em tempos de pandemia, as crianças têm sido obrigadas a ficar mais confinadas em casa. Ácaros e mofo proliferam em ambientes mais quentes e úmidos, influenciando o aumento das alergias. Já as gripes e resfriados, estimulam a piora de quadros de asma e rinite. 




E tudo isso vai impactar a respiração do seu filho. Como? A rinite vai atingir o nariz e as vias respiratórias superiores. No caso da asma, serão os brônquios, no pulmão - ou seja, as vias respiratórias inferiores - os comprometidos, gerando as crises mais graves. 





Quando não tratada de maneira adequada, a rinite evolui para uma sinusite, até provocar o aumento das adenoides. Logo, ocorre a obstrução da passagem de ar pelo nariz, o que força a respiração pela boca. Já no caso da asma, seu agravamento provoca a bronquite, que também gera a obstrução nasal. 


Quando ocorre a obstrução nasal, a respiração passa a acontecer pela boca e assim surge mais uma criança respiradora bucal: terreno fértil para uma série de complicações para sua saúde bucal e sistêmica. Respiradores bucais têm mais predisposição para irritação das amídalas e faringe. 

O normal e adequado é a criança sempre respirar pelo nariz e assim cumprir três importantes funções: a umidificação, o aquecimento do ar e a proteção das vias aéreas. É fundamental os pais ficarem atentos se os filhos estão se tornando respiradores bucais, pois isso pode gerar diversos transtornos ao longo do desenvolvimento da criança, de complicações irreversíveis na face até alterações do tórax e postura. 

Identificar um respirador bucal é relativamente fácil. Ele apresenta hipofunção dos músculos elevadores da mandíbula e, por isso, vive com a boca aberta. Seu lábio superior fica curto e retraído, a face longa, e se tornam comuns problemas com má deglutição, troca de fonemas, estreitamento do maxilar, entre diversas outras complicações. 

Sinais de alerta para serem observados: 

• Babar e roncar a noite;

• Acordar com a boca seca;

• Olfato prejudicado; 

•  Criança irritadiça, hiperativa ou sonolenta, pelas noites mal dormidas; 

•  Queda do rendimento escolar; 

•  Posturas corporais e orofaciais anormais ; 

•  Língua com postura inadequada; 

• Sentir cansaço com facilidade e por isso não gostar de atividades física e brincadeiras, como jogar bola, andar de bicicleta; 

•  Nariz obstruído e pouco desenvolvido;

•  Olheiras e palidez; 

•  Assimetria facial e narinas pouco desenvolvidas; 

•  Mastigação e respiração ruidosas 


Nem sempre a criança terá todas essas complicações, o importante é identificarmos o mais precocemente possível os sintomas, ampliando as chances de reverter e cuidar da saúde bucal e sistêmica da criança. O acompanhamento multidisciplinar é fundamental, integrando seu dentista odontopediatra, médicos e fonoaudiólogo.

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